terça-feira, 17 de agosto de 2010

Desabamento de casarão deixa quatro mortos no Comércio

Paula Pitta A Tarde On Line*

A Coordenadoria de Defesa Civil de Salvador (Codesal) avalia a possibilidade de interditar o trânsito na região do Taboão, após o desabamento, nesta terça-feira, 17, de um casarão na Rua Diogo Dias, no bairro do Comércio, porque há outros imóveis com risco de desabar na área. Quatro pessoas morreram no local.
O imóvel que caiu já foi interditado e engenheiros da Codesal solicitaram a presença da Transalvador para regular o trânsito na região, que continua liberada para a passagem de veículos. O engenheiro da Defesa Civil, Aroaldo Rodrigues, ainda não concluiu o laudo sobre o desabamento, mas informou que a provável causa do sinistro foi construção irregular e falta de conservação.
Os moradores do casarão, que escaparam do desabamento com vida, encontram-se no local para tentar evitar que seus objetos pessoais e equipamento de trabalho (todos atuavam com reciclagem de materiais) sejam roubados. Nenhum deles sabe onde vai dormir esta noite pois não têm onde morar.
Mortes - Quatro pessoas morreram depois que o casarão desabou por volta das 4h desta terça-feira, 17. O imóvel onde as vítimas estavam caiu depois de ser atingido pelo telhado do casarão vizinho. Equipes do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e Defesa Civil estão no local.
Dos quatro mortos, apenas dois foram identificados até agora. Alberto César Santos Silva, de 41 anos, conhecido como Buguela, e Bárbara Jéssica Garcia da Silva, 24 anos. Um homem e uma mulher ainda não foram identificados. O imóvel de quatro cômodos era ocupado por pessoas que trabalhavam com reciclagem.
Cinco pessoas saíram com vida do prédio. Duas delas saíram pouco antes do desabamento, enquanto três foram retiradas dos escombros. Entre elas, Cícera Patrícia da Silva, que foi retirada pelos agentes do Corpo de Bombeiros após ter ficado presa em um muro.
Raimundo Souza das Neves de Jesus foi levado pelo Corpo de Bombeiros para um hospital que não foi informado. Não há detalhes sobre o seu estado de saúde. Jorge Almeida Santos Castro, que também residia no imóvel, escapou sem ferimentos.
Sobreviventes – Jorge Almeida Santos Castro lembra que, antes de ir deitar, o amigo Alberto César Santos Silva (Buguela), passou em seu quarto e lhe pediu um cigarro, despedindo-se em seguida. Jorge conta que ouviu o estalo do telhado e só deu tempo de abrir a porta e sair, pois o seu quarto era próximo da saída. Buguela não teve a mesma sorte.
O reconhecimento do corpo de Buguela foi feito por Marimar Couto Silva, com quem era casado havia onze anos e mãe de três dos cinco filhos dele.

* Com redação de Euzeni Daltro A Tarde*

Nenhum comentário:

Postar um comentário