Fumantes que sofrem fraturas ósseas têm tempo de recuperação 60% mais longo do que pessoas que não fumam. A conclusão é do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into). Hoje, Dia Mundial sem Tabaco, especialistas fazem um alerta para as doenças nos tecidos ósseos causadas pelo fumo.
“A nicotina atrapalha a absorção de cálcio. Já o monóxido de carbono reduz em até 15% a capacidade do sangue de transportar oxigênio. Como existem micro-vasos dentro dos ossos, esses recebem menos oxigênio. Isso os torna mais frágeis”, explica o ortopedista Leonardo Rocha, Chefe do Centro de Trauma Ortopédico do Adulto do Into.
Segundo o profissional, as crianças cujos pais fumam são as maiores vítimas de doenças relacionadas à má formação óssea. “Existe um problema chamado enfarte ósseo, que acomete principalmente crianças com pais fumantes. Ocorre coagulação no micro-vaso sanguíneo. Isso gera morte do tecido ósseo. A criança pode sentir dores e até ter uma deformidade”, afirma Leonardo.
O fumo também aumenta a possibilidade de osteoporose. E a doença se manifesta mais gravemente em fumantes. “É mais difícil o paciente tabagista se recuperar pela dificuldade em absorver o cálcio”, diz. “A grande verdade é que o cigarro afeta quase todos os órgãos. Quem fuma até nove cigarros por dia tem seis vezes mais risco de desenvolver câncer de pulmão do que não-fumantes. O ideal é não fumar. Não há nível seguro para o fumo”, completa o pneumologista do Inca Ricardo Meirelles.
Fonte: Jornal O Dia
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