quarta-feira, 30 de junho de 2010

Seleção vive drama no meio de campo

Quando Dunga fez a convocação da Seleção Brasileira para a Copa do Mundo, a maioria dos analistas alertou para a falta de opções no meio de campo. O principal questionamento era em relação aos armadores, já que Kaká tinha toda a responsabilidade pela criação e não estava em plena forma. Mas ninguém podia imaginar que o setor sofreria tanto com lesões e suspensões, tornando as deficiências ainda mais claras.
Se o jogo contra a Holanda fosse hoje, Dunga não poderia contar com quatro dos oito jogadores de meio de campo: Felipe Melo, Elano e Julio Baptista, machucados, e Ramires, suspenso. Com dois dias para a partida das quartas de final, os três primeiros são dúvidas e é possível dizer que dificilmente estarão prontos.
Como praticamente efetivou Daniel Alves como meia, o técnico só teria uma opção para não mexer na estrutura do time: Gilberto Silva, Josué, Alves e Kaká. E Kléberson seria a única alternativa na reserva.
O volante, por sinal, saiu do anonimato na Seleção por causa das lesões. Escondido e sem participações animadoras, coube a ele substituir Kaká contra o Chile, segunda-feira.
– Confio plenamente nos 23 jogadores que estão aqui – disse Dunga.
E engana-se quem pensa que o técnico tem apenas esses problemas. Kaká está pendurado e pode ficar fora da semifinal. Se voltar ao time titular, Felipe Melo está na mesma situação. Ao todo, o setor recebeu quatro das seis advertências brasileiras nesta Copa (uma de Kaká, que ainda foi expulso, duas de Ramires e uma de Felipe Melo). Haja dor de cabeça!
Nelson Ayres

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