Jamile Amine e Ana Cristina Oliveira, de Salvador e Itabuna
Febre, dores no corpo, náuseas e manchas vermelhas na pele. Estes são os principais sintomas da dengue, que, segundo dados da Vigilância Epidemiológica da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), entre 1º de janeiro e 4 de junho, atingiu 27.310 baianos. O número pode assustar, mas é 75,2% menor que o total dos casos apresentados no mesmo período de 2009, que foi de 110.173.
De acordo com a diretora da Vigilância Epidemiológica da Sesab, Alcina Andrade, o resultado se dá pelo comportamento cíclico da doença, que vai esgotando a dimensão de pessoas suscetíveis para o sorotipo circulante – atualmente o sorotipo 2. Ela também credita à melhoria do trabalho de campo, diminuindo os índices de infestação, e à aquisição de equipamentos e capacitação dos agentes. “Foram adquiridos mais de três milhões em materiais de trabalho para os agentes de campo”, diz.
Apesar da redução dos números, a preocupação persiste. “Este ano, não é epidêmico, mas enquanto não for controlada a reprodução do vetor, não tem como reduzir os casos. Implica a melhoria das condições sanitárias locais.
São importantes as políticas públicas setoriais nos municípios, como saneamento, infraestrutura, educação e conscientização das pessoas”, explica Alcina.
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