O Ministério Público Federal (MPF) indiciou dois empresários e o atual  prefeito de Jeremoabo, no nordeste baiano, pelo crime de fraude em  licitação por conta de um contrato firmado em 2004 que reformaria, com  recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e  de Valorização do Magistério (Fundef), 14 escolas municipais – obras  que nunca aconteceram. O alcaide João Batista Melo de Carvalho (DEM)  teria autorizado a abertura de processo licitatório no valor de R$ 125  mil mediante combinação prévia com outros dois supostos fraudadores:  Jaílton Menezes de Lima e João Vicente Guimarães Vieira, este  proprietário da empresa Paralela Projetos e Construções Ltda. A apuração  do MPF foi iniciada em julho de 2005, quando vereadores da cidade  encaminharam ao procurador-geral da República uma carta-denúncia com uma  série de fotos das unidades de ensino, todas em estado precário de  conservação. “Não há, nos autos, a menor prova de que qualquer serviço  tenha sido efetivamente feito, por conta do contrato acima discutido.  Não há qualquer certidão contemporânea de recebimento ou aprovação de  obra, em total descumprimento ao próprio contrato público assinado”,  destacou o procurador responsável pelo caso, Paulo Jacobina. O MPF pediu  ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região que os acusados respondam por  crime de licitação e de responsabilidade, além do agravamento da pena,  caso sejam condenados, pelo fato de os recursos desviados destinarem-se à  educação de crianças e adolescentes de uma das regiões mais pobres do  Brasil. Se condenado, o democrata perderá o cargo e terá os seus  direitos políticos cassados, além ser obrigado a restituir o montante os  cofres públicos.
Publicado pelo Bahia Notícias  

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