Reportagem de Carine Andrade
As greves dos bancários e dos carteiros seguem por tempo indeterminado  devido aos impasses nas negociações trabalhistas. Para não atrasar o  pagamento de contas e a entrega de encomendas,  a população tem  procurado as casas lotéricas, caixas eletrônicos e internet banking.  Quem tiver contas vencidas deve recorrer às instituições credoras para  negociar ou quitar os débitos. As empresas particulares de entrega  também têm sido usadas para o envio de encomendas.
No primeiro dia de greve, anteontem, 367 agências aderiram ao movimento.  Em Salvador, 127 das 250 agências fecharam as portas ontem; anteontem  foram 109. Das 800 agências do Estado, 650 estão cadastradas no  Sindicato dos Bancários da Bahia. As demais estão cadastradas nos  sindicatos regionais. Hoje às 18 horas será realizada nova assembleia, mas não há novas  propostas por parte da  Febraban. Enquanto isto, a greve segue por tempo  indeterminado. 
Uma das reivindicações da categoria é quanto à segurança dos bancos,  pois "os crimes de saidinha bancária aumentaram de forma expressiva,  principalmente no interior da Bahia. Gerentes e seus familiares são  sequestrados constantemente. Os bancos precisam proteger os bancários e  os clientes, diz.
Correios - “Dia quatro de outubro, todos os estados  da federação vão marchar rumo a Brasília. Vamos acampar lá e pedir a  presidente que negocie com a nossa categoria”. Essas são as palavras de  ordem do vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Correios e  Telégrafos no Estado da Bahia (Sincotelba), Joaquim Apolinário de Souza.
Em greve há 16 dias e sem  perspectiva de encerrar o movimento, o  próximo passo é “fazer uma campanha conjunta, a nível nacional, com os  bancários. Vamos participar da assembleia deles amanhã (hoje) e sentar  para definir a mobilização entre as duas categorias na sexta”, adianta.
A direção dos Correios ofereceu  6,87% de reajuste salarial - o que  representa um aumento de 13% para 60% dos trabalhadores e abono de R$  800. A categoria negou a proposta feita anteontem e pediu aumento  salarial de R$ 400, piso de R$ 1.635 e reposição da inflação de 7,16%.  De acordo com a estatal, 35% das encomendas estão sendo entregues com  atraso.
Mais uma rodada de negociações entre os Correios e os funcionários  grevistas terminou sem acordo, na tarde de ontem. A paralisação,  continuará e não há previsão de novas negociações entre as partes. A  reunião foi intermediada por Ricardo Brito Pereira, procurador do  Trabalho e coordenador da Conalis (Coordenadoria Nacional de Liberdade  Sindical) -órgão interno do Ministério Público. 
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