quarta-feira, 28 de julho de 2010

CRÔNICA: MILAGRE DO SERTÃO

Por Zailton Silvestre/
Domingo passado (25.07), foi um dia agitado na pacata e sempre acolhedora cidade de Várzea Nova. Muitos eventos agendados para um mesmo dia e uma ligeira desconfiança de que uns poderiam atrapalhar outros. Qual nada!
O dia friento começou com alvorada em homenagem a São Cristóvão e seguiu-se com enorme carreata pelas ruas da cidade que culminou com a já tradicional missa em louvor ao padroeiro dos motoristas e viajantes.Encerrada a parte religiosa, cada um tomou o rumo de lazer que o vasto leque de opções oferecia. Corrida de cavalos na Boa Esperança; Pega de Boi na Tabúa; Torneio de Sinuca no espaço festivo do Sitio Santa Clara e a 2ª Cavalgada da Amizade na Fazenda Milagre.
Este escriba tendo participado por toda manhã das festas, digamos, litúrgicas, à tarde optou por atender ao convite de seu amigo Paulo Lopes e compareceu a 2ª Cavalgada dos Amigos da Fazenda Milagre. Mesmo não sendo um adepto de montarias, tive a enorme satisfação de ser recebido com minha família, primeiro no entreposto do percurso, mais precisamente na Fazenda Pau Branco, do sempre receptivo amigo Luiz da Farmácia, onde, para deleite dos comensais, galinhas e carneiros foram sacrificados para serem servidos em farto churrasco regado a cerveja gelada entremeado por goles de pinga de Cambuí, invenção de Dion Avelino. Lá, recepcionamos a cavalgada e seguimos por uma estradinha poeirenta até a sede da aconchegante Fazenda Milagre onde Joelson Rioly já debulhava seu ótimo repertório de músicas sertanejas e cantorias variadas. Paulo e família se derretiam em simpatia e se desdobravam na tarefa de bem servir e agradar a todos. O anfitrião não cabia dentro de si de tanta satisfação pelo êxito do evento. Suculento churrasco e cerveja gelada eram servidos em fartura e aos borbotões.
Fogos de artifício espocavam no ar, vivas e emocionados discursos eram proferidos em agradecimento a calorosa acolhida.Os cavalos foram uma atração à parte. De todas as raças e portes, encantaram os presentes e suas indumentárias revelavam a vaidade e orgulho de seus donos. Entendiam perfeitamente que a festa também era deles. Até os pangarés, vindos dos mais distantes rincões, se exibiam com a galhardia de verdadeiros puro-sangue inglês.
Ao final de um dia com opções para todos os gostos e, no caso específico da Fazenda Milagre, que reuniu amigos de Brasília a Salvador, de Barreiras a Porto Seguro, de Jacobina a Morro do Chapéu, de Fedegosos a Mulungu, ficou a doce impressão de que a festa do ano que vem será ainda melhor.
Encerrando, deixo aqui a frase que se lia nas camisetas dos participantes, de autoria do sempre criativo Aurino Alves, precursor das festas de cavalgadas nestas plagas sertanejas:“Quem passeia a cavalo, tem prazer e diversão, ainda mais na Fazenda Milagre, um oásis no Sertão”.
ZAILTON SILVESTRE

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