quarta-feira, 23 de junho de 2010

ONU premia ação que beneficia 30 mil pessoas no baixo sul baiano

Hilcélia Falcão l A TARDE*
O agricultor Agenor Félix de Souza, 65 anos, viu seus sonhos realizados este ano. Já não depende mais da renda do Bolsa Família para alimentar mulher e filho e até conseguiu comprar uma caminhonete. O segredo? O palmito que cultiva na Mata do Sossego, em Ituberá, a cerca de 200 quilômetros de Salvador.
O produto, que já está nas gôndolas do Grupo Pão de Açúcar, em São Paulo, e da rede Bompreço, na capital baiana, praticamente triplicou a renda dele e de pelo menos 470 famílias ligadas à Cooperativa dos Produtores de Palmito do Baixo Sul (Coopalm). Com uma renda familiar de cerca de R$ 1,6 mil, o agricultor ganhou mais que dividendos: o palmito trouxe de volta para casa os três filhos de Agenor que haviam migrado para o Sudeste do País em busca de uma vida melhor.
Com uma previsão de movimentar R$ 20 milhões em negócios este ano, o produto é apenas um dos quatro itens da pauta de alianças cooperativas do único programa de desenvolvimento sustentável da América Latina e Caribe selecionado para receber nesta quarta-feira, 23, em Barcelona, na Espanha, o prêmio ao Serviço Público das Nações Unidas 2010.
Trata-se do Programa de Desenvolvimento Integrado e Sustentável do Mosaico de Áreas de Proteção Ambiental do Baixo Sul da Bahia (PDIS), instituído pela Fundação Odebrecht e apresentado, na terça, 22, no Auditorio y Centro de Convenciones Axa, para uma plateia de representantes de outros 15 diferentes países também premiados. Ao todo, já são cerca de 30 mil beneficiados no baixo sul baiano.

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