Os jornalistas e técnicos que trabalham na pré-campanha da presidenciável Dilma Rousseff (PT) são remunerados por meio de notas fiscais frias, emitidas por uma microempresa sem funcionários, cuja sede fica num apartamento residencial. As notas são emitidas pela Cinco Soluções, aberta em 3 de março em nome de Jeová Alves de Sousa Jr., 27. A maior parte desses profissionais recebe entre R$ 7.500 e R$ 11 mil mensais. Sem secretária ou placa indicativa e com capital social de R$ 5.000, a Cinco é sediada na casa da mãe de Sousa Jr., um apartamento em uma cidade-satélite de Brasília. A Folha de S. Paulo apurou que, em troca do recebimento das notas, os jornalistas pagam à Cinco 5% do valor da nota, emitida como um "serviço de jornalismo" em nome da Lanza. Com as notas, a Lanza justifica seus gastos. A triangulação das notas pode representar sonegação de contribuição previdenciária. O professor de administração João Muccillo Neto, da USP, explica que, ao não manter vínculos trabalhistas, a Lanza não recolhe INSS, o que poderia indicar sonegação. Já a Cinco "estaria, em tese, emitindo notas fiscais em relação a recursos que não recebeu". Informações da Folha de S. Paulo.
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