"Em meados de 1995, eu passava uma temporada em Ourolândia, visando conhecer como funcionava o processo de extração de mármore, quando o Dr. Walter, então gerente de mineração da Cimagran, me apresentou a João Dantas. Conversamos muito pouco, mas ficou em mim uma ótima impressão.
Por um bom tempo não mais o vi. Alguns anos depois, já radicado em Jacobina, iniciando minhas atividades ligadas ao beneficiamento e comercio de mármore bege, voltamos a nos encontrar e iniciamos uma amizade que dura até estes dias.
Com o passar do tempo fui me enchendo de admiração e respeito pelo amigo, e hoje tenho imenso orgulho de me incluir no rol de suas amizades. João é uma referência e uma reserva moral de Ourolândia, generoso e prestativo, nunca o ouvi dizer uma palavra que tivesse, ainda que de modo subjetivo, a intenção de denegrir a imagem ou a honra de qualquer pessoa. Testemunhei muitas atitudes nobres por ele praticadas. Um pouco tímido e recatado, não alardeia seus feitos, o que demonstra serem verdadeiras suas posturas de amigo e de cidadão. Nunca esquecerei o dia em que o procurei em sua empresa para que me indicasse onde poderia adquirir aços de perfuração de que precisava naquele momento. Sem titubear, ligou para um fornecedor seu, passando para o mesmo as indicações por mim solicitadas e autorizando a venda, negociando as condições, e, ao fim da conversa, quando indagado
pelo fornecedor sobre minha idoneidade, disse aquele homem que era ele o garantidor daquele negócio e que ficasse tranquilo. João talvez não lembre mais desse fato, mas eu nuca me esqueci.
Um dia me procurou preocupado com a situação dos sócios da Cooperativa de Pequenos Produtores de Mármore (Coompor), pelo fato de a mesma não ter onde minerar, o que tornava inviável suas atividades, me perguntando sobre o que eu achava do desejo que tinha de doar duas áreas para a Cooperativa. Ao lhe dizer que achava ser uma atitude nobre de sua parte, saiu em silêncio e foi fazer a doação.
Repetiu o mesmo gesto com um grupo de empresários em uma reunião em minha casa, ao saber das dificuldades dos mesmos em obter matéria prima para manter seus negócios. Ao dizer a eles que tinha uma proposta sobre três áreas de que dispunha para que se tornassem mineradores e eliminassem em definitivo essa dependência, indaguei sobre o preço das mesmas. Respondeu-me que não tinha a intenção de vender, mas de doar as áreas. Não houve quem não se emocionasse com sua atitude.
Estávamos juntos outro dia numa praça, quando vi Zezé do Peixe passando orgulhoso com uma caçamba verde e comentei que Zezé aposentara seu velho tanque de guerra, e que agora não mais iria arriscar-se a romper sua hérnia montando e desmontando todos os dias a caixa de marchas daquele seu velho caminhão que vive caindo em pedaços.
Disse-me João Dantas: “É, Zezé parece feliz”. Mais tarde fiquei sabendo por outra pessoa que fora João Dantas quem deu a Zezé a oportunidade de, facilitadamente, comprar aquele caminhão verde.
João é assim, faz as coisas sem divulgar seus feitos e sem tentar tirar proveito de seus atos de generosidade.
Certo dia, conversando com um amigo comum, o mesmo me perguntou o que eu achava de
João vir a ser prefeito de Ourolândia. Respondi que seria ótimo. O amigo então comentou que eu estava errado. João não servia para política porque é muito honesto e muito bom. Entristecido, fiz a mim mesmo a seguinte pergunta: "Então se João Dantas fosse desonesto e mau, seria o prefeito ideal?".
Ainda não sei a resposta.
Obrigado João, por você existir. O mundo é um pouco melhor com sua presença!"
Mucio Azevedo
Por um bom tempo não mais o vi. Alguns anos depois, já radicado em Jacobina, iniciando minhas atividades ligadas ao beneficiamento e comercio de mármore bege, voltamos a nos encontrar e iniciamos uma amizade que dura até estes dias.
Com o passar do tempo fui me enchendo de admiração e respeito pelo amigo, e hoje tenho imenso orgulho de me incluir no rol de suas amizades. João é uma referência e uma reserva moral de Ourolândia, generoso e prestativo, nunca o ouvi dizer uma palavra que tivesse, ainda que de modo subjetivo, a intenção de denegrir a imagem ou a honra de qualquer pessoa. Testemunhei muitas atitudes nobres por ele praticadas. Um pouco tímido e recatado, não alardeia seus feitos, o que demonstra serem verdadeiras suas posturas de amigo e de cidadão. Nunca esquecerei o dia em que o procurei em sua empresa para que me indicasse onde poderia adquirir aços de perfuração de que precisava naquele momento. Sem titubear, ligou para um fornecedor seu, passando para o mesmo as indicações por mim solicitadas e autorizando a venda, negociando as condições, e, ao fim da conversa, quando indagado
pelo fornecedor sobre minha idoneidade, disse aquele homem que era ele o garantidor daquele negócio e que ficasse tranquilo. João talvez não lembre mais desse fato, mas eu nuca me esqueci.
Um dia me procurou preocupado com a situação dos sócios da Cooperativa de Pequenos Produtores de Mármore (Coompor), pelo fato de a mesma não ter onde minerar, o que tornava inviável suas atividades, me perguntando sobre o que eu achava do desejo que tinha de doar duas áreas para a Cooperativa. Ao lhe dizer que achava ser uma atitude nobre de sua parte, saiu em silêncio e foi fazer a doação.
Repetiu o mesmo gesto com um grupo de empresários em uma reunião em minha casa, ao saber das dificuldades dos mesmos em obter matéria prima para manter seus negócios. Ao dizer a eles que tinha uma proposta sobre três áreas de que dispunha para que se tornassem mineradores e eliminassem em definitivo essa dependência, indaguei sobre o preço das mesmas. Respondeu-me que não tinha a intenção de vender, mas de doar as áreas. Não houve quem não se emocionasse com sua atitude.
Estávamos juntos outro dia numa praça, quando vi Zezé do Peixe passando orgulhoso com uma caçamba verde e comentei que Zezé aposentara seu velho tanque de guerra, e que agora não mais iria arriscar-se a romper sua hérnia montando e desmontando todos os dias a caixa de marchas daquele seu velho caminhão que vive caindo em pedaços.
Disse-me João Dantas: “É, Zezé parece feliz”. Mais tarde fiquei sabendo por outra pessoa que fora João Dantas quem deu a Zezé a oportunidade de, facilitadamente, comprar aquele caminhão verde.
João é assim, faz as coisas sem divulgar seus feitos e sem tentar tirar proveito de seus atos de generosidade.
Certo dia, conversando com um amigo comum, o mesmo me perguntou o que eu achava de
João vir a ser prefeito de Ourolândia. Respondi que seria ótimo. O amigo então comentou que eu estava errado. João não servia para política porque é muito honesto e muito bom. Entristecido, fiz a mim mesmo a seguinte pergunta: "Então se João Dantas fosse desonesto e mau, seria o prefeito ideal?".
Ainda não sei a resposta.
Obrigado João, por você existir. O mundo é um pouco melhor com sua presença!"
Mucio Azevedo
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