quarta-feira, 25 de maio de 2011

CASA DO FAZENDEIRO DE OUROLÂNDIA INFORMA:

Mensagem da Campanha de Vacinação Contra Febre Aftosa ao produtor baiano

Embora o Estado da Bahia seja reconhecido pelo Ministério da Agricultura e pela Organização Mundial de Saúde Animal como Zona Livre de Febre Aftosa desde o ano de 2001, a vacinação obrigatória dos bovinos e bubalinos ainda é preconizada como importante estratégia para evitar a reintrodução do vírus e preservar o status sanitário do Estado como Livre de Febre Aftosa com Vacinação e conseqüentemente a sua economia, que tem na agropecuária cerca de 27% de seu PIB.
A Campanha de Vacinação é realizada todos os anos em duas etapas, nos meses de maio e novembro, nas quais a Bahia, graças ao empenho e comprometimento dos produtores e das diversas entidades ligadas ao setor, vem mantendo elevados níveis de vacinação com 97,93% do rebanho vacinado na última etapa ocorrida em novembro de 2010.
Mas porque o produtor precisa vacinar? O que ele ganha com isso? A manutenção desse elevado índice de vacinação é condição essencial à evolução do status sanitário da Bahia e do Brasil, refletindo na qualidade e na segurança sanitária de sua agropecuária. Isso influi diretamente não apenas na abertura de novos mercados para os produtores baianos, mas também para formação dos preços internos dos produtos de nossa agropecuária. Além de contribuir significativamente para evitar a reintrodução do vírus da Febre Aftosa em nosso Território.
Os prejuízos causados por uma hipotética reintrodução do vírus da Febre Aftosa são incalculáveis. Indústrias frigoríficas, laticínios e de insumos agropecuários fechariam as portas; os produtores de bovinos, bubalinos, caprinos, ovinos, suínos e de alguns produtos agrícolas teriam seus mercados restringidos; os preços agropecuários despencariam; teríamos desemprego tanto na zona rural quanto na urbana; endividamentos; sem contar os elevados gastos do Governo para conter e eliminar o vírus, como se viu no Mato Grosso do Sul no ano de 2005 quando esse Estado sofreu com focos da doença. Trata-se de um cenário de calamidade social e econômica, do qual não podemos permitir que a Bahia venha correr qualquer risco.
Deve-se lembrar ainda que, embora sejam espécies susceptíveis ao vírus, os caprinos, ovinos e suínos não devem ser vacinados contra Febre Aftosa, por recomendação do Ministério da Agricultura. Mas o criador dessas espécies deve estar comprometido também com a divulgação da campanha, pois ele é beneficiado diretamente pela condição de Livre de Febre Aftosa, o que tem possibilitado, entre outros aspectos, sermos o principal Estado fornecedor de Caprinos e Ovinos para o restante do País.
Ao mantermos o ritmo da campanha de vacinação e o elevado grau de comprometimento do produtor baiano já demonstrado nos últimos anos, seja ele Agricultor Familiar ou Empresarial, dentro em breve teremos condições de barganhar inclusive a Certificação de Zona Livre de Febre Aftosa sem Vacinação, o que será um marco na história da Bahia. Para isso precisamos estar todos unidos e centrar esforços para um objetivo comum. Daí a importância da vacinação e do cumprimento dos prazos legais para sua declaração nos Escritórios da ADAB.
Salvador, 20 de maio de 2011
Antonio Lemos Maia Neto
Médico Veterinário, Fiscal Estadual Agropecuário, Mestre em Desenvolvimento Sustentável
Coordenador do Programa Estadual de Erradicação da Febre Aftosa da Bahia

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