DO SITE BAHIA NOTÍCIAS João Andrade Neto, a exemplo de alguns comunicadores do interior, se intitulava jornalista
Foi preso nesta quarta-feira (11) João Andrade Neto, proprietário do site Pura Política. Ele é acusado por alguns empresários de cometer extorsões. Recentemente, um empreendedor prestou queixa na Secretaria de Segurança Pública, que iniciou a investigação que culminou hoje na prisão de Andrade. Ele foi detido por mandar o seu sócio receber R$ 5 mil de uma pessoa no hangar do Aeroporto Internacional de Salvador, fato filmado pelo Centro de Operações Especiais (COE) da Polícia Civil, que logo em seguida solicitou a sua prisão preventiva. Pouco depois de o juiz expedir o mandado, ele foi ao seu escritório, onde os agentes só identificaram metade do dinheiro, já que todas as cédulas tinham sido rastreadas pela numeração. A apresentação do proprietário do site foi ontem mesmo.
O dono do site Pura Política passou a ser considerado estelionatário e já responde a cerca de duas dúzias de processos cíveis e criminais na Justiça baiana, os primeiros por danos morais causados às pessoas a quem denegria e, os criminais, por injúiria, infâmia e difamação. Alguns empresários informaram ao Bahia Notícias que pretendem entrar com diversos processos contra João Andrade Neto, alguns ainda esta semana.
O secretário de Seguraça Pública, César Nunes, deverá apresentá-lo à imprensa, provavelmente ainda na tarde de hoje, com o relato minuncioso do acontecido. Com ele foram presos também dois policiais, que trabalhavam como seus seguranças.
No início da tarde a sede do seu site (com ordem judicial expressa, assim como a prisão preventiva) foi vasculhada pela polícia para recolher documentos, computadores e todos os indícios ou provas sobre os desvios que praticava. O preso fazia-se passar por jornalista embora não tivesse a menor formação, nem diploma, para o exercício da profissão.
FALSO JORNALISTA ERA TAMBÉM BANCADO
A prisão do dono do site Pura Política, especializado em denúncias escandalosas e ataques indiscriminados a políticos e empresários, preso no inicío desta tarde por suposto crime de extorsão, gravado pela polícia, não fica só por aí. A polícia não revela, talvez por enquanto, os nomes, mas adianta que não somente havia extorsões já comprovadas, como, também, o dono do site, João Andrade Neto (que não é nem nunca foi jornalista), era bancado por empresários e, provavelmente, por políticos. No mínimo os nomes de dois empresários que o bancavam já são do conhecimento da Secretaria de Segurança Pública. Os dos políticos, ou político, no singular, guarda-se sigilo. O caso é gravíssimo. O interesse era prejudicar possíveis competidores, nos dois segmentos de atuação, empresarial e político. Se vierem à tona, tais nomes causarão rebuliço por pagarem para que Andrade, ainda supostamente, utilizasse o site para ataques forjados. E poderão também serem processados.
EM TEMPO: depois de postada esta nota, chega-me outra informação, por ora também em "off". Além dos três personagens, há mais dois envolvidos no caso. Seriam dois advogados. E mais: foram presos dois policiais que faziam a segurança para Andrade. A polícia, no entanto, investiga mais três supostos seguranças, num total de cinco. Não se informa se são, ou não, policiais. Ao que parece, é um novelo com linha que não acaba mais de sorte a compor a malha da suposta extorsão. (Por Samuel Celestino postado no Bahia Notícias)
No momento em que chegou preso para apresentação na sede do Centro de Operações Especiais (COE) por volta das 17h desta quarta-feira (11), o falso jornalista João Andrade Neto após ser detido sob acusação de extorquir empresários, embora não quisesse falar com os repórteres que se concentravam no local, ele conseguiu se indispor com a imprensa. “O que eu sei vou dizer à Justiça”, afirmou, em uma tentativa de fugir do assédio. Mas, ao ser perguntado por um jornalista do A Tarde se não tinha nada a dizer aos “colegas”, o preso esperneou: “colegas? Eu não considero vocês meus colegas”. A declaração motivou uma série de vaias ao acusado e comemoração da maioria que bradava “ainda bem”. Verdade. Jornalista é absolutamente diferente de um suposto estelionatário, como é considerado quem extorque. O repórter errou ao chamá-lo de "colega". E o cidadão preso acertou ao dizer que não é "colega". Jornalista é uma coisa, suposto estelionatário é outra completamente diferente. Um trabalha em redação, o outro pode ser enviado para a prisão. E responder a processo criminal. Um rosário deles. (Lucas Esteves - COE/Samuel Celestino)
EMPRESÁRIO ENVOLVIDO NA PRISÃO FALA COM O SITE BAHIA NOTÍCIAS
O empresário PR, que ajudou a polícia no trabalho de investigação que culminou na prisão de João Andrade Neto - dono do site Pura Política – em contato com o BN, desabafou sobre o caso. Ele descreveu as dificuldades para ter êxito na sua vida empresarial e revelou o sentimento após a prisão do acusado. “No início trabalhava noite e dia, na estrada e longe da minha família. Jamais aceitaria ser extorquido por um crápula. A polícia sabe o nível das ameaças feitas a mim. Me sinto com a alma lavada e o dever cumprido à Bahia. Para quem pensa, como ele (Andrade), que na Bahia não existe empresário, homem e direito, que não se rende a ameaças, está enganado”, relatou, ao dizer que agora a sua vida “volta ao normal”.
(Ricardo Luzbel)
EMPRESÁRIO ENVOLVIDO NA PRISÃO FALA COM O SITE BAHIA NOTÍCIAS
O empresário PR, que ajudou a polícia no trabalho de investigação que culminou na prisão de João Andrade Neto - dono do site Pura Política – em contato com o BN, desabafou sobre o caso. Ele descreveu as dificuldades para ter êxito na sua vida empresarial e revelou o sentimento após a prisão do acusado. “No início trabalhava noite e dia, na estrada e longe da minha família. Jamais aceitaria ser extorquido por um crápula. A polícia sabe o nível das ameaças feitas a mim. Me sinto com a alma lavada e o dever cumprido à Bahia. Para quem pensa, como ele (Andrade), que na Bahia não existe empresário, homem e direito, que não se rende a ameaças, está enganado”, relatou, ao dizer que agora a sua vida “volta ao normal”.
(Ricardo Luzbel)
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