Desde a terça-feira (11), ao menos 416 pessoas morreram em cinco cidades da região serrana do Rio devido às chuvas. As mortes ocorreram em Teresópolis (169), Nova Friburgo (187) Petrópolis (39), Sumidouro (17) e São José do Vale do Rio Preto (4). Ainda há desaparecidos.
O grande número de corpos no IML (Instituto Médico Legal) de Teresópolis obrigou as equipes de técnicos a adotar o reconhecimento dos mortos por meio de fotografias. Cerca de 50 pessoas estão concentradas em frente ao prédio do IML, em busca de parentes desaparecidos.
As fotos dos rostos dos mortos são mostradas pelos peritos a quem busca informações. Só entram no prédio os parentes que reconheceram vítimas por meio das fotografias. O prédio do IML funciona ao lado de uma delegacia de polícia e tem capacidade para receber apenas seis corpos. Até as 12h desta quinta-feira, 13, já tinham dado entrada 147 corpos. Outro prédio, em frente à delegacia, teve que ser requisitado para receber corpos.
O delegado adjunto de Teresópolis, Wellington Vieira, afirmou que já foram abertas 70 covas no cemitério municipal. A orientação é para que as famílias façam o enterro o mais rápido possível, com velórios simbólicos, por causa do adiantado estado de decomposição dos corpos, sem refrigeração há mais de 24 horas.
A presidente Dilma Rousseff sobrevoou a região serrana na tarde de ontem. Ela afirmou, ao pousar em Nova Friburgo, que "o governo vai realizar ações firmes". Ela caminhou até a região onde ainda há bombeiros soterrados. A presidente estava acompanhada dos ministros Nelson Jobim (Defesa) e Alexandre Padilha (Saúde).
O governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), afirmou que a catástrofe provocada pelas chuvas era a "crônica de uma tragédia anunciada".
Ocupação irregular
"A ocupação irregular e a questão ambiental têm cada vez mais como sinônimo a palavra tragédia. Foi uma situação realmente atípica, um volume de água realmente impressionante. Se tudo estivesse correto, correto, correto haveria danos materiais e perdas de vida, mas não na intensidade que nós estamos vendo", afirmou o governador em entrevista à rádio CBN.
Segundo Cabral, as cidades de Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo vêm de "décadas de permissividade na ocupação de encostas". "O que houve danosamente de ocupação nos últimos 25, 30 anos dessas encostas é absolutamente irresponsável. Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo quadruplicaram suas populações", afirmou.
Cabral disse que a culpa principal é das prefeituras, que não coibiram a ocupação irregular. "Ou a gente toma consciência disso e usa o aparato público para dizer "não, aí não pode" ou vai acontecer novamente", disse o governador.
Folha de S. Paulo
O grande número de corpos no IML (Instituto Médico Legal) de Teresópolis obrigou as equipes de técnicos a adotar o reconhecimento dos mortos por meio de fotografias. Cerca de 50 pessoas estão concentradas em frente ao prédio do IML, em busca de parentes desaparecidos.
As fotos dos rostos dos mortos são mostradas pelos peritos a quem busca informações. Só entram no prédio os parentes que reconheceram vítimas por meio das fotografias. O prédio do IML funciona ao lado de uma delegacia de polícia e tem capacidade para receber apenas seis corpos. Até as 12h desta quinta-feira, 13, já tinham dado entrada 147 corpos. Outro prédio, em frente à delegacia, teve que ser requisitado para receber corpos.
O delegado adjunto de Teresópolis, Wellington Vieira, afirmou que já foram abertas 70 covas no cemitério municipal. A orientação é para que as famílias façam o enterro o mais rápido possível, com velórios simbólicos, por causa do adiantado estado de decomposição dos corpos, sem refrigeração há mais de 24 horas.
A presidente Dilma Rousseff sobrevoou a região serrana na tarde de ontem. Ela afirmou, ao pousar em Nova Friburgo, que "o governo vai realizar ações firmes". Ela caminhou até a região onde ainda há bombeiros soterrados. A presidente estava acompanhada dos ministros Nelson Jobim (Defesa) e Alexandre Padilha (Saúde).
O governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), afirmou que a catástrofe provocada pelas chuvas era a "crônica de uma tragédia anunciada".
Ocupação irregular
"A ocupação irregular e a questão ambiental têm cada vez mais como sinônimo a palavra tragédia. Foi uma situação realmente atípica, um volume de água realmente impressionante. Se tudo estivesse correto, correto, correto haveria danos materiais e perdas de vida, mas não na intensidade que nós estamos vendo", afirmou o governador em entrevista à rádio CBN.
Segundo Cabral, as cidades de Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo vêm de "décadas de permissividade na ocupação de encostas". "O que houve danosamente de ocupação nos últimos 25, 30 anos dessas encostas é absolutamente irresponsável. Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo quadruplicaram suas populações", afirmou.
Cabral disse que a culpa principal é das prefeituras, que não coibiram a ocupação irregular. "Ou a gente toma consciência disso e usa o aparato público para dizer "não, aí não pode" ou vai acontecer novamente", disse o governador.
Folha de S. Paulo
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