RIO - O técnico Ricardo Gomes continua sua luta pela vida, e o Vasco  para não sucumbir à tristeza e ao inconformismo gerados pelo drama de  seu comandante. Após se reunirem, o presidente Roberto Dinamite e a  cúpula do departamento de futebol concluíram que a melhor maneira de  amenizar o impacto dos últimos acontecimentos é não alterar a  programação. Após o treino desta manhã, o time se concentra para o jogo  contra o Ceará, quarta, em São Januário. A decisão traz uma mensagem  implícita: pelo trabalho, resultados e o ambiente saudável que criou  desde sua chegada, após o pior início de Estadual da história do clube,  Ricardo Gomes, ao menos neste momento, não tem substitutos.  
- A forma que o Vasco tem de ajudá-lo, ainda que indiretamente, é  ir bem. É o que ele gostaria de ver - disse o presidente Roberto  Dinamite, que esteve pela manhã no Hospital Pasteur, onde o técnico  segue internado. - É o momento de todos contribuírem. Essa situação é  inédita mas faz parte da vida e vamos encará-la.  
QUADRO CLÍNICO:   Ricardo Gomes segue estável  	
A efetivação do auxiliar e amigo pessoal de Ricardo, Cristóvão  Borges, é uma aposta na continuidade e uma tentativa dos dirigentes de  não quebrar a sintonia que existe entre o elenco e os profissionais do  futebol, considerada um dos segredos do sucesso do Vasco. O meia Felipe,  que estava afastado do elenco quando Ricardo foi contratado, e, a  pedido dele, acabou reincorporado, tornou-se uma das figuras mais  próximas do treinador. Na segunda, esteve por duas vezes no hospital e,  ainda bastante abalado, resumiu o sentimento do time.  
- Se estamos aqui, é porque o Ricardo fez por merecer. É uma  pessoa única, de um caráter incrível. Estamos todos muito tristes -  disse Felipe. - O trabalho está bem entregue nas mãos do Cristóvão, que  conhece o grupo e é uma pessoa maravilhosa.  

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