Já passou muito tempo da primeira vez que vi Corino, foi na agência do extinto Baneb, à Rua Coronel Teixeira em Jacobina. Na oportunidade ele distribuía aos clientes do banco alguns exemplares do extinto jornal Jacobina News, por ele mesmo editado. Eu estava na fila e ele me contemplou também com o jornal. Algum tempo passou e não mais o vi. Na época eu também militava na imprensa pela Rádio Jacobina FM e numa manhã de sábado recebi um CD do ex-diretor da Rádio Jacobina FM, o amigo Joaquim Valois, que me pediu para ouvir e expor minha opinião. O conteúdo do CD apresentava um demonstrativo, alguém de voz grave se apresentava como Corino Rodrigues de Alvarenga, em seguida imitava o ex-presidente Lula; um trecho de uma narração de partida de futebol e contava algumas piadas. Confesso que apesar de ter achado interessante e o trabalho bem feito, não vi nada de extraordinário. Dessa forma comentei com Joaquim.
Mais tarde fiquei sabendo que se tratava do cara que tinha visto distribuindo os jornais no Banco.
O fato é que não vi Corino trabalhando na Rádio Jacobina FM, mas vi, e ninguém pode negar isso, todo mundo viu, Corino conquistando espaço no meio da comunicação Jacobinense, sobretudo utilizando-se do seu jeito diferente, inteligente e radicalmente polêmico de ser.
Tanto que teve a visão de criar um site eclético, divertido e de colocações e crônicas tão inteligentes que acabou tendo tamanha aceitação no País e hoje ganha o Prêmio Mérito Lojista promovido por uma das instituições de maior respeito que todo mundo conhece, a Associação Comercial e Industrial de Jacobina, Acija.
É fato também que Corino saber ‘dar nó’, tanto que conseguiu amarrar até o maior dos 'inamarráveis' homens da política jacobinense que eu conheço, Leopoldo Passos.
Em meio a tudo isso, tive a oportunidade de trabalhar ao lado de Corino na redação do Jornal A Semana e com isso a chance de aprender muita coisa boa com ele. Naquela oportunidade, falávamos sobre muitas coisas e numa conversa sobre subserviência, Corino me disse algo que marcou: “Zé, a miséria as vezes obriga o homem a se corromper”.
Já refleti muito sobre isso e muitas outras lições que aprendi com Corino. É verdade que discordo também de muitas coisas dele, mas uma coisa não se pode negar, se existem pessoas de coração bom, servidoras, inteligentes, astutas, abalizadas, úteis e que sabem se virar, Corino, seguramente, é uma delas.
Um dia, ao ler um texto meu, ouvi de corino a seguinte frase: "Zé, jamais deixe de escrever, você escreve muito bem".
Corino não sabe disso, mas eu teria deixado de escrever sem aquela colocação dele.
O nosso eclético inteligente agora resolve sair como produtor de cinema, dirigindo um filme que vai contar a história de Jacobina e seguramente servirá para registrá-la ao mundo em definitivo.
Eu aposto que vai dar certo, como tudo que tem a marca do Corino tem dado.
Parabéns Velho Apache! Tu é o cara! Tiro o chapéu pra você!
Quem quiser conhecê-lo melhor: http://www.corinourgente.com/
José Carlos Benigno, domingo, 3 abril de 2011.
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