Assisti, dias atrás, um documentário sobre uma seita indiana que construiu um templo dedicado aos ratos. Foi chocante ver seres humanos dotados de razão, em atitude de adoração, diante de uma multidão incontável de roedores. O cuidado extremo com que as pessoas se movimentavam em meio a sujeira ali existente, deixava claro a sinceridade de sua devoção. As oferendas em forma de alimento, eram ali deixadas em abundância, para que os ratos, satisfeitos com a veneração recebida, derramassem bênçãos sobre aquela gente crédula. Acreditam piamente que os ratos têm poderes e que, se adorados e endeusados, serão generosos e os protegerão dos males e misérias do cotidiano normal de um dos países mais pobres do mundo.
A Índia é uma das civilizações mais antigas do planeta. Nos últimos tempos, muita gente do ocidente tem se dirigido para aquele pais em busca de conhecimento espiritual. O panteão hindu tem mais de três milhões de deuses de todo tipo e forma. Elefantes, rios, vacas, pessoas e por fim, ratos. Este misticismo incompreensível tem provocado em muitos um fascínio, que faz com que voltem de lá pensando haver descoberto a verdade completa, absoluta. É visão comum, principalmente nas grandes cidades do Brasil, jovens de cabeças raspadas entoando cânticos em língua estranha e repetindo mantras, deixando parecer que realmente se converteram e abraçaram essa forma estranha de espiritualidade, que pouco ou nada tem a ver com nossa cultura. Basta surgir em nosso meio um guru qualquer, dizendo-se portador de uma nova e desconhecida filosofia, para que milhares de incautos passem a ver na figura estranha da criatura, o portador de uma nova luz, capaz de iluminar os caminhos da vida dos adeptos encantados e cheios de paixão, cegos e surdos diante da nova verdade revelada. É estranho, mas é verdade.
Ainda bem que aqui em nossa terra ainda não chegamos ao ponto de prestar adoração aos ratos. Pelo menos não aos roedores peludos e repugnantes, dos quais fugimos enojados, ainda que sejam simples camundongos. Somos espertos e nunca nos curvaremos em atitude de veneração, diante desses bichos nojentos, que só nos transmitem doenças e destroem as nossas colheitas. Deus nos livre de tal atitude.
Infelizmente existem outros tipos de ratos aos quais muitos de nossa gente, incansavelmente presta culto. Não ratos roedores não, são ratos humanos que continuamente nos roubam e nos enganam, malversam o nosso dinheiro, corrompem e se deixam corromper, negociando o presente e futuro das pessoas, sem nenhum sentimento de piedade, apossando-se vergonhosamente dos tesouros do povo, dividindo com seus agregados, ratos humanos também, uma parte do que roubam da gente, encastelados nos tronos do poder onde nós, ingenuamente os colocamos. Até quando seremos tão tolos e continuaremos a fornecer a ração engordadora desse tipo de ratos? Eles só existem porque nós os alimentamos.
Que a razão nos ajude a perceber a diferença existente entre deuses, homens e ratos.
ZÉ DAS DORES
A Índia é uma das civilizações mais antigas do planeta. Nos últimos tempos, muita gente do ocidente tem se dirigido para aquele pais em busca de conhecimento espiritual. O panteão hindu tem mais de três milhões de deuses de todo tipo e forma. Elefantes, rios, vacas, pessoas e por fim, ratos. Este misticismo incompreensível tem provocado em muitos um fascínio, que faz com que voltem de lá pensando haver descoberto a verdade completa, absoluta. É visão comum, principalmente nas grandes cidades do Brasil, jovens de cabeças raspadas entoando cânticos em língua estranha e repetindo mantras, deixando parecer que realmente se converteram e abraçaram essa forma estranha de espiritualidade, que pouco ou nada tem a ver com nossa cultura. Basta surgir em nosso meio um guru qualquer, dizendo-se portador de uma nova e desconhecida filosofia, para que milhares de incautos passem a ver na figura estranha da criatura, o portador de uma nova luz, capaz de iluminar os caminhos da vida dos adeptos encantados e cheios de paixão, cegos e surdos diante da nova verdade revelada. É estranho, mas é verdade.
Ainda bem que aqui em nossa terra ainda não chegamos ao ponto de prestar adoração aos ratos. Pelo menos não aos roedores peludos e repugnantes, dos quais fugimos enojados, ainda que sejam simples camundongos. Somos espertos e nunca nos curvaremos em atitude de veneração, diante desses bichos nojentos, que só nos transmitem doenças e destroem as nossas colheitas. Deus nos livre de tal atitude.
Infelizmente existem outros tipos de ratos aos quais muitos de nossa gente, incansavelmente presta culto. Não ratos roedores não, são ratos humanos que continuamente nos roubam e nos enganam, malversam o nosso dinheiro, corrompem e se deixam corromper, negociando o presente e futuro das pessoas, sem nenhum sentimento de piedade, apossando-se vergonhosamente dos tesouros do povo, dividindo com seus agregados, ratos humanos também, uma parte do que roubam da gente, encastelados nos tronos do poder onde nós, ingenuamente os colocamos. Até quando seremos tão tolos e continuaremos a fornecer a ração engordadora desse tipo de ratos? Eles só existem porque nós os alimentamos.
Que a razão nos ajude a perceber a diferença existente entre deuses, homens e ratos.
ZÉ DAS DORES
A despeito do “cristianocentrismo” observado no texto (em última análise, a fé cristã é tão irracional e absurda quanto a adoração indiana aos ratos apresentada no texto), é bastante pertinente o alerta à adoração dos brasileiros aos outros ratos, os da política. Já passou da hora de profanarmos e destruímos esse templo e exterminarmos de vez esses ratos da nossa cultura, especialmente dos lugares privilegiados como o executivo e o legislativo...
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