quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Bahia já tem registro de superbactéria KPC

Atualmente responsável por 135 infectados no Distrito Federal, a superbactéria KPC já foi registrada aqui na Bahia, segundo o infectologista Fernando Badaró.

O médico não quis informar em quais hospitais, por questões éticas, mas deixou claro que a situação preocupa.
Em Brasília, a KPC já provocou a morte de 15 pessoas – em outros três casos suspeitos, a relação com a superbactéria foi descartada.
A bactéria, que se torna mais perigosa após sofrer mutações, seria também a causa mortis de uma filha do cantor Beto Barbosa, segundo matéria divulgada no programa Fantástico, da Rede Globo, no domingo à noite. No estado, não há registro de óbito causado pela Klebsiella Pneumoniae Carbapenemase.
De acordo com a infectologista Nanci Silva, a KPC é uma bactéria com a propriedade de produzir uma enzima que destrói praticamente todos antibióticos, especialmente os carbapenêmicos, grupo do medicamento de última geração entre os antibióticos. Remédios dos grupos cefalosporinas, quinolonas e penicilinas também não surtem efeitos.
O tratamento mais eficaz à doença passa pela criação de novos medicamentos. Segundo os dois especialistas, os antibióticos do grupo das polimixinas conseguem combater e Klebisiella, mas são altamente tóxicos.
A Secretaria da Saúde da Bahia afirmou que a Klebsiella Pneumoniae Carbapenemase é uma bactéria inofensiva, que só oferece riscos quando passar por mutações, se tornando então super-resistente. De acordo com o órgão, a Vigilância Sanitária baiana não registrou qualquer ocorrência médica relacionada à superbactéria.
No próximo dia 22, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária promoverá um encontro para debater a KPC. A ideia é editar um documento com alerta a todos os profissionais envolvidos e orientação para o controle da bactéria.
Informações da Tribuna da Bahia

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