O Ministério Público do Estado da Bahia divulgou nesta segunda-feira, 14, uma nota afirmando ter interposto recurso perante a Segunda Câmara Criminal em que pediu a reforma da sentença que absolveu Raimundo Nonato Tavares da Silva (Bobô) e Nilo dos Santos Júnior da acusação de prática de homicídio culposo e lesão corporal culposa pelo desabamento de parte do anel superior do Estádio da Fonte Nova em novembro de 2007, acidente que provocou a morte de sete torcedores.
Na época, Bobô era diretor da Superintendência de Desportos do Estado da Bahia (Sudesb), órgão que administra a Fonte Nova, e Nilo era diretor de operações.
De acordo com a procuradora de justiça Elza Maria de Souza, há provas que demonstram "nitidamente" que a ação de ambos é "tipicamente culposa". Isso, diz ela, porque Nilo e Bobô "tinham pleno conhecimento das condições precárias do estádio".
Precariedade -
De acordo com um relatório emitido pela empresa Geluz Engenharia e Construção Ltda. em setembro de 2006, diz a promotoria, a Fonte Nova precisava de "reformas estruturais de caráter emergencial", já que "as condições apresentadas pela estrutura das arquibancadas poderiam acarretar graves acidentes".
Em julho de 2007, a Vigilância Sanitária de Salvador sugeriu uma reforma física e estrutural do estádio, "tendo em vista que a situação atual põe em risco a saúde dos indivíduos que a frequentam".
Na mesma época, a Polícia Militar assinalou a existência de deterioração em paredes, vigas e lages, diz a promotora Elza Maria de Souza.
Apesar dos riscos, conclui, o estádio foi liberado para a partida entre Vila Nova e Bahia, quando ocorreu o desabamento. A TARDE On Line
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