Apito final do Campeonato Baiano de 2009. O Vitória levanta mais uma taça e aumenta o jejum tricolor para oito anos sem conquistas. Os ânimos exaltados transformam o gramado em um verdadeiro campo de batalha, com jogadores usando pés, mãos e até barras de ferro para agredir uns aos outros.
Diante daquela cena, era praticamente impossível imaginar um atleta do Vitória vestindo a camisa do Bahia, e vice-versa. Pois eis que, com a carência tricolor na lateral direita, um dos principais inimigos acabou mudando para os lados do Fazendão. Apodi, que participou ativamente da guerra na finalíssima e também ficou marcado por dar uma ‘voadora’ em Reinaldo Alagoano no primeiro jogo da decisão, até o final do ano defenderá o Esquadrão.
O lateral treina em Itinga desde quarta-feira, 3, e, nesta quinta, 4, foi apresentado oficialmente à imprensa. Na entrevista, Apodi fez questão de minimizar os confrontos dos Ba-Vis. “Isso é do futebol. Em um clássico com tanta rivalidade, nós discutimos até com os companheiros”, justificou. Mas ele assume que, já em seu primeiro dia no clube, o assunto foi debatido em rodinhas com os novos colegas: “A gente estava até comentando que brigava todo jogo. Não tinha um que era tranquilo”.
Outro protagonista da confusão na Toca, apesar de ter ficado no banco de reservas, o goleiro Fernando assegura que não há rancor em relação a Apodi. “Ele é bem-vindo. Tivemos até uns atritos naqueles jogos, mas foi coisa de momento, cada um defendendo seu clube. Já conversamos ali e deu pra ver que é um cara gente boa, humilde, procurando vencer na vida”, afirmou o camisa 1, que fez uma ponderação: “Se estiver com a cabeça voltada para o Bahia, ele vai nos ajudar”.
Mas as rusgas de Apodi com o tricolor não se resumem às brigas em Ba-Vis. Nem todos lembram, mas o jogador fez pré-temporada no Bahia, no final de 2005. Trazido do Real Salvador por Newton Mota, o atleta potiguar, de 23 anos, trocou Itinga por Canabrava antes de os campeonatos começarem. O motivo, segundo ele, foi simples: “Era preciso pagar uma multa de R$ 300 mil para o Real Salvador. O Bahia não tinha, mas Alexi Portela (presidente do Vitória) pagou”.
Por tudo isso, Apodi sabe que precisará se superar para agradar à torcida tricolor. “Claro que vai haver desconfiança, mas eu espero ganhar o respeito dele com trabalho dentro de campo”, afirmou. Agora, o lateral quer ouvir do outro lado das arquibancadas o coro que marcou sua passagem pelo Leão: “Ei, Apodi! Faz um gol aí pra mim!”. Que a paródia imoral, feita pela torcida do Bahia como resposta, seja esquecida, então.
De mal com parte da torcida do Vitória por conta das últimas partidas no Brasileirão, o jogador garante que não mudou de camisa para se vingar. “O meu trabalho fala por mim. Não preciso dar resposta para ninguém, até porque o número de pessoas que me vaiava era bem menor do que o que aplaudia e respeitava”, disse Apodi, que não se fará de rogado se marcar contra o ex- time. “Claro que vou comemorar, afinal, não é sempre que faço gol”, brincou.
O lateral vai formar dupla de alta velocidade com o canhoto Ávine. “Sempre tinha esse duelo em Ba-Vis e acho que vai ser melhor agora que estamos juntos. Temos características parecidas e vamos dar trabalho”.
Antes de acertar com o Bahia, Apodi esteve perto de atuar no Osasuna, da Espanha. “Cheguei até a viajar para lá, mas a decisão de não acertar foi só entre eu e o Cruzeiro”, escondeu.
Proteção - Conhecido pelas rápidas arrancadas, com os cabelos esvoaçantes, Apodi é um lateral que precisa de cobertura eficiente para não deixar avenida aberta. Como Ávine tem o mesmo estilo, os volantes tricolores terão trabalho dobrado.
Partindo do princípio que ambos são alas, o Bahia teria que jogar no 3-5-2. Mas o ex-rubro-negro discorda: “No Vitória, atuei mais no 4-4-2 mesmo, mas sempre com uma boa cobertura”. É bom lembrar que, na época do técnico Paulo César Carpegiani, Apodi chegou a ser escalado no ataque. (A Tarde)
Diante daquela cena, era praticamente impossível imaginar um atleta do Vitória vestindo a camisa do Bahia, e vice-versa. Pois eis que, com a carência tricolor na lateral direita, um dos principais inimigos acabou mudando para os lados do Fazendão. Apodi, que participou ativamente da guerra na finalíssima e também ficou marcado por dar uma ‘voadora’ em Reinaldo Alagoano no primeiro jogo da decisão, até o final do ano defenderá o Esquadrão.
O lateral treina em Itinga desde quarta-feira, 3, e, nesta quinta, 4, foi apresentado oficialmente à imprensa. Na entrevista, Apodi fez questão de minimizar os confrontos dos Ba-Vis. “Isso é do futebol. Em um clássico com tanta rivalidade, nós discutimos até com os companheiros”, justificou. Mas ele assume que, já em seu primeiro dia no clube, o assunto foi debatido em rodinhas com os novos colegas: “A gente estava até comentando que brigava todo jogo. Não tinha um que era tranquilo”.
Outro protagonista da confusão na Toca, apesar de ter ficado no banco de reservas, o goleiro Fernando assegura que não há rancor em relação a Apodi. “Ele é bem-vindo. Tivemos até uns atritos naqueles jogos, mas foi coisa de momento, cada um defendendo seu clube. Já conversamos ali e deu pra ver que é um cara gente boa, humilde, procurando vencer na vida”, afirmou o camisa 1, que fez uma ponderação: “Se estiver com a cabeça voltada para o Bahia, ele vai nos ajudar”.
Mas as rusgas de Apodi com o tricolor não se resumem às brigas em Ba-Vis. Nem todos lembram, mas o jogador fez pré-temporada no Bahia, no final de 2005. Trazido do Real Salvador por Newton Mota, o atleta potiguar, de 23 anos, trocou Itinga por Canabrava antes de os campeonatos começarem. O motivo, segundo ele, foi simples: “Era preciso pagar uma multa de R$ 300 mil para o Real Salvador. O Bahia não tinha, mas Alexi Portela (presidente do Vitória) pagou”.
Por tudo isso, Apodi sabe que precisará se superar para agradar à torcida tricolor. “Claro que vai haver desconfiança, mas eu espero ganhar o respeito dele com trabalho dentro de campo”, afirmou. Agora, o lateral quer ouvir do outro lado das arquibancadas o coro que marcou sua passagem pelo Leão: “Ei, Apodi! Faz um gol aí pra mim!”. Que a paródia imoral, feita pela torcida do Bahia como resposta, seja esquecida, então.
De mal com parte da torcida do Vitória por conta das últimas partidas no Brasileirão, o jogador garante que não mudou de camisa para se vingar. “O meu trabalho fala por mim. Não preciso dar resposta para ninguém, até porque o número de pessoas que me vaiava era bem menor do que o que aplaudia e respeitava”, disse Apodi, que não se fará de rogado se marcar contra o ex- time. “Claro que vou comemorar, afinal, não é sempre que faço gol”, brincou.
O lateral vai formar dupla de alta velocidade com o canhoto Ávine. “Sempre tinha esse duelo em Ba-Vis e acho que vai ser melhor agora que estamos juntos. Temos características parecidas e vamos dar trabalho”.
Antes de acertar com o Bahia, Apodi esteve perto de atuar no Osasuna, da Espanha. “Cheguei até a viajar para lá, mas a decisão de não acertar foi só entre eu e o Cruzeiro”, escondeu.
Proteção - Conhecido pelas rápidas arrancadas, com os cabelos esvoaçantes, Apodi é um lateral que precisa de cobertura eficiente para não deixar avenida aberta. Como Ávine tem o mesmo estilo, os volantes tricolores terão trabalho dobrado.
Partindo do princípio que ambos são alas, o Bahia teria que jogar no 3-5-2. Mas o ex-rubro-negro discorda: “No Vitória, atuei mais no 4-4-2 mesmo, mas sempre com uma boa cobertura”. É bom lembrar que, na época do técnico Paulo César Carpegiani, Apodi chegou a ser escalado no ataque. (A Tarde)
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