Lençóis com nomes de hospitais dos EUA são vendidos por quilo em Santa Cruz do Capibaribe, no agreste pernambucano. Os panos são semelhantes aos encontrados na última terça (13) e quinta (15) pela Receita Federal no porto de Suape (PE) e classificados como lixo hospitalar. A Receita apreendeu dois contêineres com 46 toneladas de resíduos hospitalares vindos dos Estados Unidos que eram descritos em documentos como "tecido de algodão com defeito". Nos compartimentos, no entanto, foram encontrados lençóis manchados de sangue e seringas entre outros. O material é proibido de entrar no país e oferece risco à saúde. Especialistas dizem que lençóis só podem ser reaproveitados após rigoroso processo de esterilização. Neste ano, a mesma importadora já havia trazido para Pernambuco outros seis carregamentos, que não foram retidos na fiscalização. Repórteres da Folha de S. Paulo estiveram nesta sexta-feira (14) na cidade do agreste pernambucano para onde seriam levados os detritos importados apreendidos. Lá, compraram na loja de tecidos e retalhos Império do Forro de Bolso, sem se identificar, nove lençóis. Três peças têm nomes de hospitais ou entidades americanas impressos no tecido. Uma tem a mesma origem de parte do material apreendido no porto, o Hospital Central Services Cooperative.
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