"Não uso adubo químico porque sei que faz mal ao povo", (Maria Madalena)
Foi andando por ai que encontramos Dona Maria Madalena, uma paraibana de pele sofrida, meia idade, moradora há seis anos no Assentamento Lagoa de Dentro, Sertão de Ourolândia e que tira seu sustento da agricultura familiar. Sem nenhum recurso técnico ou conhecimento científico, Dona Maria cultiva uma pequena plantação de legumes e verduras, no quintal da sua residência, molhando apenas com um irrigador de mão. Ela nos conta que juntamente com o único filho de 15 anos, a quem chama, sorrindo, de “Preguiçoso” acorda todos os dias às quatro horas da madrugada para começar a irrigação das leiras. Numa área de meia tarefa de terra (pouco mais de 2000m²) ela cultiva, sem uso de adubos químicos, alface; pimentão; coentro; cebolinha; couve; pimenta; mamão; banana; abobrinha; beterraba; berinjela; abóbora e outros.
O jeito simples de Dona Maria é cativante, mas o que mais nos impressionou foi a maneira como ela faz a contabilidade do seu pequeno negócio. “Consigo vender o que colho por semana nas feiras de Lages do Batata, Ourolândia, de ‘porta em porta’ e apuro R$ 100,00. Compro R$40,00 de óleo diesel para o motor da Associação, pago R$ 10,00 de transporte e me sobra R$50,00 para comprar comida e remédios. É pouco, mas ajuda muito”, relatou lembrando que para isso tem que se deslocar cerca de 120km contando ida e volta. Ela já reclama de dores constantes na coluna e em outras partes do corpo e atribui ao esforço físico continuado, mas nesse momento mostrou o irrigador sem dizer palavras como se o acusasse de ser o vilão maior responsável.
Toda a estrutura do pequeno empreendimento de Maria são sete tanques improvisados com capacidade para quatro mil litros (cavados ao chão por ela mesma e forrados com pedaços de lona de plástico) e alguns metros de canos de 50mm que utiliza para conduzir a água do poço até os tanques que são cobertos com flechas de sisal. “Eu queria aumentar minha produção, mas não tenho como comprar o óleo diesel. A Prefeitura me ajuda com 20 litros por mês e ainda assim não dá”, contabilizou.
Presenciamos a visita de um técnico agrícola da Prefeitura de Ourolândia, Senhor Roberval, que foi enviado ao Assentamento com o objetivo de levantar dados, que segundo ele, serão utilizados na execução de um projeto elaborado para beneficiar os pequenos produtores do Assentamento com orientações e acompanhamento técnico.
Roberval disse que Maria Madalena precisa aproveitar melhor os espaços no terreno e seria ideal para ela um sistema de micro aspersão porque economizaria água e facilitaria o trabalho aumentando a produção.
José Carlos Benigno.
O jeito simples de Dona Maria é cativante, mas o que mais nos impressionou foi a maneira como ela faz a contabilidade do seu pequeno negócio. “Consigo vender o que colho por semana nas feiras de Lages do Batata, Ourolândia, de ‘porta em porta’ e apuro R$ 100,00. Compro R$40,00 de óleo diesel para o motor da Associação, pago R$ 10,00 de transporte e me sobra R$50,00 para comprar comida e remédios. É pouco, mas ajuda muito”, relatou lembrando que para isso tem que se deslocar cerca de 120km contando ida e volta. Ela já reclama de dores constantes na coluna e em outras partes do corpo e atribui ao esforço físico continuado, mas nesse momento mostrou o irrigador sem dizer palavras como se o acusasse de ser o vilão maior responsável.
Toda a estrutura do pequeno empreendimento de Maria são sete tanques improvisados com capacidade para quatro mil litros (cavados ao chão por ela mesma e forrados com pedaços de lona de plástico) e alguns metros de canos de 50mm que utiliza para conduzir a água do poço até os tanques que são cobertos com flechas de sisal. “Eu queria aumentar minha produção, mas não tenho como comprar o óleo diesel. A Prefeitura me ajuda com 20 litros por mês e ainda assim não dá”, contabilizou.
Presenciamos a visita de um técnico agrícola da Prefeitura de Ourolândia, Senhor Roberval, que foi enviado ao Assentamento com o objetivo de levantar dados, que segundo ele, serão utilizados na execução de um projeto elaborado para beneficiar os pequenos produtores do Assentamento com orientações e acompanhamento técnico.
Roberval disse que Maria Madalena precisa aproveitar melhor os espaços no terreno e seria ideal para ela um sistema de micro aspersão porque economizaria água e facilitaria o trabalho aumentando a produção.
"Não uso adubo químico porque sei que faz mal ao povo", essa foi a frase mais forte que ouvi de Madalena durante a nossa conversa, mas ao me despedir não pude conter a emoção quando a mesma se aproximou me oferecendo uma sacola com uma diversificada seleção dos seus produtos. Saímos de lá com uma lição aprendida, sobre humildade, perseverança, contentamento e fé, tirada do grande exemplo dessa Senhora mulher de fibra a quem chamaria de: “Professora” Maria Madalena.
José Carlos Benigno.
Ouvi João Batista comentar a respeito dessa matéria hoje pela manhã. Ele não disse que tava no Blog de Zé Carlos, mas eu imaginei que tivesse e vim aqui para dizer que fiquei emocionada com a história dessa senhora. Parabéns Zé Carlos, você deixou Jacobina e o Rádio estamos sentindo sua falta na Jacobina FM, mas continua o de sempre, procurando servir e mostrar coisas boas. Fiquei feliz por saber que você está vivendo em Ourolândia e que tá empregado. Sei que você está passando por um momento crítico da tua vida, mas tenha fé em Deus e continue seguindo adiante, porque tenho certeza que a pessoa que vc é sempre te fará um homem feliz.
ResponderExcluirFica com Deus.
Uma grande amiga que um dia foi ajudada por você.