sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Editorial: Política é diferente de politicagem

Segundo Aristóteles a política é a ciência que tem por objeto a felicidade humana e divide-se em ética (que se preocupa com a felicidade individual do homem) e na política propriamente dita (que se preocupa com a felicidade coletiva). Política denomina arte ou ciência da organização, direção e administração de nações ou Estados. Nos regimes democráticos, a ciência política é a atividade dos cidadãos que se ocupam dos assuntos públicos com seu voto ou com sua militância.
O termo política é derivado do grego antigo πολιτεία (politeía), que indicava todos os procedimentos relativos à pólis, ou cidade-Estado. Por extensão, poderia significar tanto cidade-Estado quanto sociedade, comunidade, coletividade e outras definições referentes à vida urbana.

Por José Carlos Benigno,

Respeito profundamente a equivocada paixão dos ourolandenses por politicagem, afinal esta, infelizmente, ainda é uma questão de cultura em Ourolândia, e o povo daqui não é culpado por pensar e agir assim. O homem é fruto do meio em que vive. Acredito piamente em uma nova era, onde a consciência da nossa gente se voltará para outro comportamento, para outras prioridades, como por exemplo: a leitura de bons livros; ouvir músicas de melhor qualidade; assistir a bons filmes; respeitar mais o semelhante, e, sobretudo nos conscientizarmos do nosso papel na construção de uma sociedade melhor (nossos direitos e principalmente os nossos deveres) e tantas outras atitudes que ainda nos faltam na busca incessante por sermos a cada dia seres melhores. Devemos exigir mais de nós sobre estas curiosidades. Somente lendo e ouvindo melhor às pessoas mais cultas nos será possível esse enriquecimento.
Lamento profundamente quando vejo aqui nesta cidade as pessoas pelas ruas, cegas, loucas, desenfreadas, aos gritos deseducados, perturbando a paz alheia, inconscientes, induzidas por alguns políticos profissionais mais espertos na defesa dos seus interesses próprios, fazendo-as pensar que dessa forma haverá algo em comum no futuro.
Convenceram-nos de que a identidade mais importante deixa de ser o nome sagrado constante no registro de nascimento dado a cada um de nós por nossos pais e passa a ser números. Não somos mais personalidades, fomos persuadidos de que nos reduzimos drasticamente aos: “13” inimigos dos “15”...
Lamento demais por termos caído nessa e acreditado em tamanha barbaridade.
Este período vai passar e continuaremos a nos encontrar pelas ruas da cidade! Precisaremos uns dos outros, na alegria, na tristeza ou na dor. Precisaremos de civilidade! E como será? Se nos convenceram que somos inimigos?
E o mais lamentável é o objetivo dessa trama: chegar ao poder para viver de poder. Tem gente nessa cena que desaprendeu a trabalhar (se é que algum dia na vida já o soube).
A discordância é salutar para o desenvolvimento, mas isso jamais deve passar do campo das idéias. As pessoas não precisam se digladiar na colocação das suas ideologias, na preferência por um candidato, ou partido político.
É muito feio o que estamos fazendo pela indução dessa gente, denegrindo nossos semelhantes através dos meios de comunicação e até mesmo pelas ruas da cidade.
Tá mais que na hora do povo de Ourolândia erguer um pouco mais a cabeça e começar a enxergar adiante do nariz.
Além do Tombador há um mundo diferente, mais moderno, mais inteligente e com melhores modelos de se viver! Busquemos os exemplos dele. É só querer olhar pra frente e procurar enxergar melhor.
Essa terra é de uma grandeza tamanha! Tão maravilhosa e tão cheia de riquezas naturais, culturais e históricas, seu povo precisa apenas se elevar à essa dimensão.
Espero sinceramente que o tempo seja o grande parceiro do povo de Ourolândia na descoberta dessa nova consciência.
Um forte abraço.
José Carlos Benigno
12 de outubro de 2012

Um comentário:

  1. Perfeita a sua analise, acredito piamente que esse deserviço que os politiqueiros de plantão ainda conseguem fazer como a falta de vergonha na cara e falta de compustura, numa paixão que vai alem do alcance das mentes sâns, descência e ética eles só ouvirama comentários dos velhos livros, não sabem o que é isso, o povo tem o governo que merece.

    abraço saudades suas João Pedro

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