
Informação do http://www.jacobinanoticia.com.br/
A Secretaria Estadual da Saúde (Sesab) investiga dois casos suspeitos de infecção pela superbactéria KPC na Bahia. O micro-organismo já causou a morte de pelo menos 18 pessoas no Distrito Federal (DF) este ano e já teve 184 casos registrados no Brasil. A Sesab não deu detalhes sobre os pacientes nem informou onde estão internados.
Os casos de KPC só passaram a ser notificados na Bahia esta semana, após o surto no DF, o que fez a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitir alerta no País. Desde 2007, a Sesab recomendava a notificação desses casos, mas os hospitais não atendiam à orientação, segundo informações da técnica da Comissão Estadual de Controle de Infecção Hospitalar, Fátima Nery.
Segundo o presidente da Sociedade Baiana de Infectologia, Adriano Oliveira, o surto em Brasília deve ter sido causado por uma falha no controle epidêmico. “E é bem provável que comecem a aparecer casos de KPC nos hospitais da Bahia”, afirmou. Ele lembrou que o controle de infecção hospitalar é “precário”, não só no Estado, mas “no Brasil e no mundo”.
No País, a Lei Federal 9.431/97 – reforçada pela Portaria 2.616/98 do Ministério da Saúde – obriga que os hospitais possuam comissões de controle de infecção hospitalar, que são responsáveis por notificar contaminações nas unidades. Na Bahia, elas estão presentes em 305 dos 535 hospitais (57%), o que é um indicativo de que ocorra subnotificação.
Em 2009, a taxa de infecção foi de 3%, contra 2,8%, em 2008, e 3,2%, em 2007. Segundo o infectologista Fernando Badaró, “os dados de infecção hospitalar estão subnotificados em todo o Brasil”.
Antibióticos - A Anvisa atribui o aumento de casos ao uso indiscriminado de antibióticos, que gerou bactérias resistentes aos medicamentos. Por isso anunciou uma consulta pública durante os próximos 30 dias sobre a proposta de tornar obrigatória a prescrição de receita médica em duas vias nas farmácias para a venda de antibióticos. Uma ficaria retida nas farmácias, outra seria devolvida ao paciente com carimbo que comprove o atendimento.
Conheça precauções contra a KPC
Higiene - Sempre lave as mãos antes e após visitar pacientes em hospitais
Tocar - Evite contato íntimo com pacientes, a exemplo de beijos, abraços e apertos de mão
Objetos - Evite tocar em objetos de hospital e nunca circule de um leito para o outro
Comissão - O visitante deve procurar pela comissão de controle de infecção hospitalar da unidade antes de visitar os pacientes, sobretudo os internados nas Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs)
A família chegou a chamar os parentes para o velório, em Itabaiana, quando recebeu a notícia de que o idoso estava vivo. Segundo Celma, o aposentado Pedro Porcino da Silva sentiu muito cansaço na noite de quarta-feira (13) e a família decidiu levá-lo ao Hospital Regional de Itabaiana. No local, uma médica constatou que o idoso teve um princípio de infarto e precisava ser transferido para João Pessoa.
“A médica foi com ele na ambulância e, logo atrás, meu irmão e eu seguíamos em um carro. Mas quando chegou na rodovia, a ambulância parou no acostamento. Na hora, eu já pensei que alguma coisa ruim tinha acontecido. A médica desceu depois de uns minutos, dizendo que ele teve um infarto e não resistiu”, disse Celma.
De acordo com Celma, todos voltaram para o hospital em Itabaiana e o pai foi encaminhado para o necrotério. “Colocaram ele em cima da mesa, dentro do saco, e fizeram todo o procedimento. Eu peguei o atestado de óbito, assinei a liberação do corpo e voltamos para casa”, afirmou Celma.
"Mas depois eu soube que, quando os funcionários da funerária chegaram para buscar o corpo, viram que ele estava se mexendo. Abriram o saco, tiraram o algodão da boca e do nariz, e ele se mexeu e abriu o olho”, revelou Celma.
Em casa, a família se preparava para o velório. Parentes e amigos já começavam a chegar e até outros dois filhos do aposentado, que vivem em São Paulo e no Espírito Santo, tinham sido avisados. Porém, no lugar do carro da funerária, uma assistente social foi até a casa, solicitou os papéis que Celma tinha assinado e pediu para que retornasse ao hospital.
“Quando cheguei lá, a médica disse que tinha uma notícia boa, que meu pai não tinha morrido e estava vivo. Foi aquela surpresa na hora e corri ver meu pai. Nosso medo, agora, é que ele fique com alguma sequela, porque ele passou muito tempo sem assistência. Podiam ter matado de verdade o meu pai”, disse.
O aposentado foi transferido no mesmo dia para um hospital em João Pessoa. O quadro dele é estável e, nesta quarta-feira (20), teve alta da UTI e foi removido para a enfermaria. O idoso deve receber alta até o início da próxima semana. Informações do G1.
Publicada também no www.varzeanovanews.blogspot.com por Humberto Laranjeira